Obra de Lourdes Nicácio foi apreciada na Livraria Cultura

Em concorrido evento no dia 28/04, a obra da escritora e editora da Novo Horizonte, Lourdes Nicácio, foi homenageada na livraria Cultura dentro do programa “A cultura e a arte em Pernambuco”, desenvolvido pela União Brasileira de Escritores de Pernambuco (UBE/PE). A obra de Lourdes Nicácio foi apreciada pelos escritores, jornalistas e acadêmicos Cyl Gallindo e Lourdes Sarmento. A homenagem contou, ainda, com depoimento da professora Ana Prosini e declamação de poemas da autora por Geninha da Rosa Borges e Carlos Cavalcanti.

“Tenho um relativo conhecimento da batalha de Lourdes Nicácio, poetisa e professora, no sentido de promover a cultura em Pernambuco. Desde que deixou a sua Belém do São Francisco, muito jovem ainda, para cursar Letras na Paraíba e depois fazer Pós-graduação em Pernambuco. Até os dias de hoje expõe uma bagagem considerável de 10 livros publicados e participação num outro tanto de antologias, sua marcha tem sido irredutível”, afirma o escritor e jornalista Cyl Gallindo.

A professora Ana Prosini Coordenadora Pedagógica de Língua Portuguesa das Secretarias de Educação do Estado e da Prefeitura, deu pareceres de vários livros, dentre os quais os de Lourdes Nicácio. “Do que adianta o professor de geografia falar sobre o Rio São Francisco e não colocar o aluno em contato com o que se passa às margens desse rio? As plantações, as lendas, a pescaria, o pôr-do-sol, as lavadeiras, a barragem? Assuntos tratados em o Rio, Canabrava e os Homens da autora aqui homenageada. Por esses e outros fatos que sempre dei parecer favorável aos livros de Lourdes Nicácio pois eles os mostram sob a ótica da sinceridade da autora. Hoje sua obra é adotada nas escolas da prefeitura, do Estado, colégios particulares e até na universidade”, enfoca Ana Prosini.

“Lourdes é uma escritora plural, positiva e confiante no que faz. Sua sensibilidade nordestina e sertaneja deambula pelas regiões longínquas. O Sertão emoldurado pela alma de Lourdes Nicácio que mesmo bebendo a dulcíssima água do Velho Chico, sente nos lábios camponeses o ressecamento da poeira tórrida do carrascais adustos. Os olhos da poetisa têm o poder da medição ambiental e o sentimento antropológico das duas faces constantes da região do Pajeú”, relata o escritor Carlos Severiano Cavalcanti.

Durante a homenagem, a escritora também fez uma retrospectiva de toda a sua trajetória na área da literatura. “Nesta noite, sento-me à margem do rio que muito me ensinou com o seu trabalho de ir, apenas ir, apenas ir, apenas ir. Com ele, que também representa o seu próprio povo, aprendi a ler escrituras e não acreditar em mapas ou heróis que não sejam norteados pelo amor, a coragem, a dignidade. O São Francisco, na fazenda Canabrava, não é mais aquele cordão ou longo corpo que se espreguiçava entre lençóis de capim. Virou lago. Conseqüência da barragem de Itaparica. Mas o São Francisco é o meu rio de infância – canto, vida, claridade em mim”, conclui a homenageada Lourdes Nicácio.

O Lavrador e o Templo é premiado na APL

O Lavrador e o Templo, livro inédito da escritora e editora da Nova Horizonte, Lourdes Nicácio, foi vencedor do prêmio Edmir Domingues da Academia Pernambucana de Letras (APL), na categoria Menção Honrosa em Poesia. A entrega de diploma realizou-se durante o aniversário da APL, 107 anos, comemorado no dia 26/01/2008. Também foram premiados: Gerusa Leal (poesia), Carlos Cavalcanti (menção honrosa em poesia); Gilson Lopes (literatura infantil); Ana Maria César (História de Pernambuco); Lauro Vasconcelos e André Cervinski (dividiram o prêmio de ensaio); Josué Antônio Fonseca de Sena (História de Goiana) e Admaldo Matos de Assis, que venceu tanto a categoria romance quanto contos (a primeira, com Menção Honrosa para Cícero Belmar). Admaldo Matos fez o discurso de agradecimento em nome de todos os agraciados.

Lourdes Nicácio - pernambucana da fazenda Canabrava, município de Belém do São Francisco - escritora, editora e produtora cultural. É membro da Academia Recifense de Letras e da União Brasileira de Escritores-UBE/PE. Com dez livros publicados, participou, ainda, de diversas antologias de contos e poemas. Coordenou projetos culturais e foi tema de monografia “O êxodo na literatura de Lourdes Nicácio e Silva, em Os dois mundos de Madalena” no Curso de Especialização em Literatura Brasileira da UFPE/2003. Recebeu Menção Honrosa de Poesia no Concurso Nacional e Internacional de Poesias no Rio de Janeiro pela Editora Valença e, em 2008, na Academia Pernambucana de Letras com o livro de poemas “O lavrador e o templo”.

À Sombra do Roseiral

No último dia 16/04, foi lançado nos jardins da União Brasileira de Escritores-UBE/PE, “À Sombra do Roseiral”, livro de poemas da escritora Rachel Carrilho.O livro reúne poemas saudosos da infância da autora que brincava entre seus 6 e 7 anos de idade sob à sombra de um frondoso roseiral, localizado nos jardins da casa de sua avó. Hoje aos 82 dois anos, a autora tem dois livros publicados e não pretende abandonar o universo da literatura. “A procura do poético torna-se uma fixação, meta, objetivo de vida. E o alcance desse objeto, o produto dessa perseguição ocorre em qualquer tempo, a idade física não sendo nunca obstáculos, mas cúmplice dessa comunhão da pessoa (poeta) com a palavra. Rachel Carrilhos é um feliz e efetico exemplo disso”, afirma o presidente da UBE Vital Corrêa de Araújo.

Um Novo Horizonte

“Cada leitor é, quando está lendo, o leitor de si próprio”
Proust

A Editora Novo Horizonte já alcançou diversos horizontes no mercado editorial pernambucano. Este Blog, além de divulgar os livros produzidos pela Editora também destina-se à publicação de versos, textos e notícias do universo literário. O espaço aqui é democrático. Todos podem participar postando mensagens que acrescentem, contribuam, compartilhem o fascinante e supreendente prazer da leitura e da escrita. “O selo da editora reúne elementos adequados: o horizonte e o rio – ambos em pleno movimento de rio e de horizonte – crescendo. Daí, sugestivos espaços, desafios, descobertas, renovados e inovados projetos na área da produção literária. A logomarca – observe-se a foto – representa uma homenagem ao poeta Waldemar Lopes e sua fazenda de infância, banhada pelo rio Pirangi”, diz a escritora Lourdes Nicácio, idealizadora e diretora da Novo Horizonte.

Antologia das Águas

"Que a voz do poeta nunca se levante para ter ressonâncias nas alturas. Que o canto, das contidas amarguras, somente seja a gota transbordante", afirmou Mauro Mota em seu poema Humildade. E foi seguindo esse rito que foi elaborada a Antologia das Águas, organizada pelos escritores, professores e jornalistas: Lourdes Nicácio, Ricardo Japiassu, Graças Silva e Raphaela Nicácio. O livro foi lançado, este ano, na Biblioteca Pública do Estado e no Festival Recifense de Literatura.

A obra reúne textos em prosa e versos de 68 autores, além de prestar homenagens: 85 anos de Geninha da Rosa Borges; 80 anos de Ariano Suassuna; 40 anos de poesia de Marcus Accioly; 25 anos de vida literária do escritor Edvaldo Arlégo; 15 anos de publicação do Dicionário Biobibliográfico dos Poetas Pernambucanos, elaborado pelo escritor Lamartine Morais e 10 anos da publicação da Antologia bilíngüe Poésie du Brésil, organizada pela escritora Lourdes Sarmento, primeiro livro sobre poesia brasileira publicada em Paris, após trinta anos de silêncio, segundo a professora Anne Marie Quint, da Sorbonne. A antologia, ainda, presta homenagens aos poetas Audálio Alves, Honório Rocha, João Cabral de Melo Neto e Waldemar Lopes.

“O maior objetivo desse trabalho é homenagear mares, rios, açudes, cacimbas, córregos, quaisquer porções d'água, especialmente as águas da infância, contidas para sempre no homem e sua obra, além de despertar o interesse pela preservação do meio ambiente”, afirma a escritora e editora Lourdes Nicácio, idealizadora do primeiro projeto. Em 2003, foi publicada a antologia poética “Os Rios e seus poetas”, também sob sua organização. O livro reuniu 50 autores. Este ano, o trabalho foi resgatado, acrescentando novos autores e dando espaço para a produção em prosa. A edição foi produzida pela Editora Novo Horizonte com apoio dos próprios autores e as fotos da capa são de autoria do jornalista e fotógrafo Marcus Prado.

Jornal de Literatura Novo Horizonte

Com o objetivo de dar espaço para os autores pernambucanos, divulgando suas obras, movimentos e conquistas literárias, foi criado o Jornal de Literatura Novo Horizonte. Neste ano, o jornal obteve uma importante vitória: conseguiu aprovação no Ministério da Cultura (Lei Rouanet), através de um projeto que foi entregue à instituição.
A lei número 8.313, Lei Rouanet, concede benefícios fiscais para as empresas que patrocinem o jornal. Mesmo ainda em fase de captação de recursos, está sendo produzido mais uma nova edição do Novo Horizonte que será distribuído na V Bienal Internacional do Livro de Pernambuco (dia 05 a 14 de outubro de 2007, no Centro de Convenções).

Além do horizonte...

O primeiro número do Jornal de Literatura Novo Horizonte prestou uma homenagem aos 120 anos do poeta Manuel Bandeira, publicando uma entrevista realizada, em 1966, pela acadêmica e jornalista Maria do Carmo Barreto Campello de Melo com Bandeira, onde ele revelou detalhes da sua vida e obra. O jornal também apresentou grandes nomes da literatura pernambucana como Waldemar Lopes, William Ferrer e Dulce Chacon. Já no segundo número do jornal, os homenageados foram: o escritor Marcus Accioly pelos seus 40 anos de poesia e o artista plástico Zuleno Pessoa que contou, em entrevista ao jornal, como foi a sua trajetória de vida, as dificuldades e a vocação já presentes na infância, a descoberta pelo desenho e pelas artes plásticas, o trabalho como ilustrador e desenhista publicitário, seus quadros e ideais. Ao longo do Blog, serão publicados trechos de entrevistas publicadas no Jornal de Literatura Novo Horizonte.

Inovação em Projetos Gráficos

A Editora Novo Horizonte mantém uma linha de projetos gráficos modernos em seus livros. Uma equipe de designers diagrama, trata as imagens e produz layouts personalizados para cada obra editada. “Temos a preocupação de também transpor a arte para o produto final. Acreditamos que um bom livro tem que ser valorizado pelo seu conjunto”, afirma a capista e jornalista da editora Raphaela Nicácio.